Traduzindo em fotos e textos as aventuras, desventuras e delícias de se viajar sozinha para qualquer destino. Sem neuras.

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terça-feira, 20 de março de 2012

Desfrutando Lisboa e Madrid


Os bondinhos (chamados de elétricos) tem funcionalidade 
e se integram às linhas de transporte coletivo

A caminho do Mosteiro dos Jerônimos, Pastelaria de Belém e Torre de Belém

Lisboa é o Brasil que deu certo. E eu, pelo menos, me senti em casa. Certamente, pela facilidade da língua e pelo histórico e resquícios da colonização por toda parte. Estou apaixonada pela capital portuguesa. Transporte coletivo (metrô, ônibus, trem, bondinhos ou elétricos como são chamados por lá e mesmo os táxis) funcionam em sintonia. É possível ir a todos os pontos de Lisboa usando o metrô, as linhas de ônibus e os bondinhos). Fácil. Informações precisas de itinerários e horários em cada ponto de parada. Ponto de encontro na Praça das Figueiras.
Este aí é transporte para turistas. Faz city tour, em Lisboa também tem. Vale pelas primeiras 48 horas para conhecer uma geral da cidade visitada

Creio que em Madrid a excelência das linhas se repete. Porém, não posso falar muito porque não usei, uma vez que meu hotel estava próximo de tudo. Na verdade, cheguei a usar o ônibus e não tive dificuldade nenhuma em saber qual linha me serviria seguindo do estádio de futebol Santiago Bernabeu (mas podemos falar estádio do Real Madrid, apesar de alguns espanhóis não gostarem muito. Senti isso quando buscava referências de como chegar lá e o nomeei assim como o grande time espanhol) para chegar aos arredores do hotel, na Gran Vía. Afinal, todos os pontos tem os itinerários e os horários das linhas que passam ali. Uma idéia simples (eu acho!) que poderia ser seguida, né Brasil?

Esperando o trem para Madrid

Também conheci a estação de Chamartín, pois fui de Lisboa para Madrid em leito de trem. A viagem dura cerca de sete horas. Como dormi o tempo todo não posso falar, nem mostrar, as paisagens do caminho (rs). Mas eu explico porque dormi a viagem toda, afinal, não era este meu plano.
Escolhi de propósito por questão de segurança, um item que quem viaja só tem de ficar sempre muito atenta, um leito (com cama) simplesmente porque é um espaço fechado, que pode ser trancado por dentro. O problema é que não passou pela minha cabeça que o espaço é exíguo. São duas beliches, com espaço para quatro pessoas. No meu leito éramos três meninas, sim, a venda dos leitos é feita de acordo com o gênero (sexo feminino e masculino). Éramos duas brasileiras e uma canadense poliglota (só não falava português). Mas tinha um inglês perfeito, um francês mais ainda e ainda falava japonês e mandarim.Chegada na Espanha pela estação de Chamartín transcorreu sem problemas.
Com as minhas roommates no trem 
Chegamos em Madrid 
Bom, então, foi em função do espaço exíguo que dormi. Por mais que as meninas fossem uns amores, não nos conhecíamos e não dava para sair para conhecer outros vagões e deixar as malas para trás. Não dava para levá-las porque tudo é muito apertadinho. A viagem começa às 22h38 (parece até marcação da estação de Hogwarts, do livro Harry Potter!), com alguns atrasos pequenos, ou seja, é à noite e a maior parte da viagem transcorre no escuro.
Vale muito a pena! O segundo pavilhão, então, é fantástico! 
 
 
 As lontras-marinhas são encantadoras. Olha esta aí abaixo, só queria saber de boiar e fazer carinhas....

Em Portugal come-se muito bem. Para o meu paladar melhor que em Madrid, cuja gastronomia me pareceu ser à base de jamón (presunto) y queso (queijo). Falando em comida, em Portugal é preciso experimentar o autêntico bacalhau, por exemplo, e em Madrid, é preciso provar a legítima paella ou as tortillas de patata.

El desayuno

Hum, e tem ainda os estupendos doces portugueses: o pastel de Belém (os demais são de nata, de Belém só o original), o travesseiro de Sintra, o toucinho...
Este aí é o pastel de nata. O original só na pastelaria da foto abaixo:
 
Almoço em Portugal: autêntico bacalhau...postas generosas
Ops, em Portugal fui obrigada a fazer turismo no hospital. Estava com meu ouvido tapado (pela gripe e pela altitude) e doía um pouquinho. Ponto positivo para o seguro. Pronto-atendimento! 

Café com Fernando Pessoa, na Baixa do Chiado, em frente ao Café A Brasileira e à noite com as brasileiras, de Recife, num show de fado 
Tal qual saboreei este sorvete, desfrutei Lisboa e Madrid 
Em dois momentos: desayuno 

 
Passeando pelo El Retiro, parque de Madrid, a exemplo do Central Park. Neste dia especificamente estava delicioso, pois o frio cedeu lugar para o calor, sol intenso, anunciando a chegada precoce da primavera. Passeio de nativo. Os turistas não andam muito por ali.Lugar delicioso.
Passeando pelas ruas de Madrid. Estava indo para o El Retiro. Abaixo, mais um ângulo do parque naquele dia primaveril 
Um almocinho em Madrid (acima) e em Portugal (abaixo) 

Na Puerta del Sol, em Madrid. E em frente ao estádio do Real Madrid...
A paixão pelo futebol é como aqui 
 
Abaixo, mais ângulos do extraordinário El Retiro, em Madrid. Uma ilha de tranquilidade e lazer bem no centro da cidade... 
Na hora certa, no lugar certo... bela foto! 

Artistas de rua acima e abaixo, em frente ao Congresso dos Deputados
Abaixo, na Plaza Mayor 
Almoçando na Plaza Mayor. Sou chique, né? rs 

Um cafézinho e um docinho português. Em todas as esquinas de Lisboa a gente encontra uma pastelaria, uma espécie de confeitaria. As vitrines (logo atrás de mim) limpíssimas para visualizar melhor as tentações. Último dia em Lisboa. Esperando a hora do trem pra Madrid

Tanto em Lisboa quanto em Madrid fiz questão de visitar todos os pontos turísticos, mas fiz mais questão ainda de viver as cidades pelo ângulo de quem vive nelas. É, inclusive, uma dica para quem viaja sozinha, sobretudo, para outros países. Aliás, chegou na cidade, ande pelos arredores do hotel, procure por supermercados, lojinhas de conveniência e saiba o que tem por perto para caso precise de algo de última hora. Aliás, é bom circular e levar água, biscoitinhos, chocolates, sucos, comidinhas rápidas para o quarto do hotel. Por lá, e creio que na Europa é assim, não há frigobares recheados. O que por um lado é tudo de bom já que os precinhos costumam ser, no mínimo, o dobro daqueles praticados normalmente.


Na Torre de Belém

Em Madrid o melhor lugar para tomar um café da manhã gostoso para quem não tinha o pequeno almoço (em português de Portugal e desayuno, em espanhol, incluído na diária do hotel), por incrível que pareça não é no Starbucks Coffee, que a princípio achei que era um achado ter a rede americana em Madrid. Na rede Pans & Company a gente encontra umas tostadas deliciosas, uma trança de chocolate divina e um café descafeinado de primeira. E, bem mais barato que no Starbucks.

Em Portugal, deve-se ir a uma apresentação de Fado legítimo, ainda que não seja a sua praia, como no meu caso... E, em Madrid, não dá para não ir a uma casa de dança flamenca profissional. A surpresa noturna (pra mim, pelo menos!) em Madrid foi a pequena Broadway na calle Gran Vía, onde estava localizado meu hotel, lá pelos arredores da praça de Espanha. São teatros enormes com dezenas de peças e outras dezenas de musicais. E, claro, não dá para perder.

Acima, me arrumando para a noite flamenca. Abaixo, acabei de sair do musical

Por ali também podem ser vistos os cinemas de rua (no caso, ali, os Cines Callao) com títulos inéditos. Assisti a "Idus de Marzo", com o charmoso George Clooney falando em espanhol!!!! A película (pra falar em espanhol) fala dos bastidores das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Em Toledo, cercanias de Madrid

Em Sintra, vizinha a Estoril

A charmosa Sintra, nos arredores de Lisboa

E nos arredores também muita coisa para ver e, claro, fotografar. Em Portugal, fui a Sintra, Cascais e Cabo das Rocas (oh, lugar pra ventar e fazer frio!!!! Mas com paisagens belíssimas!!!). E em Madrid fui a Toledo, região que ficou conhecida pelas aventuras de Don Quijote de La Mancha.

Um pouquinho de Cascais e abaixo no ponto mais ocidental da Europa: Cabo da Roca, onde o céu e o mar se encontram, segundo Camões. Em Lisboa


quarta-feira, 7 de março de 2012

Rio 360 graus ...

O título de Cidade Maravilhosa definitivamente se encaixa perfeitamente ao Rio de Janeiro. Do alto do Corcovado, aos pés do Cristo Redentor, então, não tem como não se emocionar com a vista de encher os olhos. A foto acima foi escolhida de propósito para abrir esta postagem exatamente por expressar tudo isso, pois foi feita de lá deste mirante espetacular. É um cartão-postal, é uma pintura, é uma imagem que agrada turistas nacionais e estrangeiros. Aliás, imagens em 360 graus...
Táxis - O Rio está bem em outros quesitos também. A recepção do carioca sempre foi um ponto alto. Eles sabem receber, tratar bem e o jeito carioca de ser é uma delícia da qual a gente quer sempre mais um pouquinho. Aprovadíssimo o sistema de táxis cooperativados que apanham turistas no aeroporto e na rodoviária. Eu cheguei à cidade pela rodoviária, estava vindo de Búzios. Quando a gente entra recebe um recibo com o trajeto e o preço do trecho. Perfeito. Para os taxistas, pelo que pude apurar, quando o trânsito está pesado o sistema chega a prejudicar. Bom, acredito que é preciso fazer alguns ajustes, pois a ideia é boa. Se é perfeito para nós turistas e para a cidade, tem de ser também para os taxistas.

Praia do Flamengo

No dia seguinte a minha chegada ao Rio, tomei café da manhã no hotel e fui a pé para a praia. Surpresa agradabilíssima andar pelas ruas do Flamengo, bairro da Zona Sul, com um comércio diversificado, preços bem mais atrativos que em bairros como Copacabana e Ipanema, estrelas do Rio e, por isso, com uma prática de preços diferenciada.
A praia do Flamengo também agradou. Limpa. Águas um tanto geladas, mas o calor estava forte demais e ajudava a criar coragem para enfrentar... A praia é refúgio de cariocas, nativos. A maioria mora ali na região ou vem de outros bairros da zona Norte, como Tijuca. Abaixo, registrei uma, digamos, obra de arte infantil. O pequeno artista, ao fundo de calção vermelho, buscou retratar o Pão de Açúcar e seus bondinhos. A inspiração estava logo ali atrás dele, como podem perceber na foto acima.
Preparando-me para reforçar o bronzeado adquirido em Búzios... 
Ainda na praia do Flamengo 
Do Aterro do Flamengo (foto abaixo) também se avista o Cristo no alto do Corcovado e é pra lá que eu fui na parte da tarde, depois da praia. 
Do Flamengo apenas uma lembrança triste: os gatos abandonados no Aterro. O lado bom da história é que os bichanos têm muitos voluntários que os ajudam, como podem, a sobreviver. Mais detalhes do caso dos gatos do Aterro do Flamengo no blog irmão BICHOS DE COMPANHIA.

 Museu da República - Palácio do Catete
 
Adorei estar hospedada nas vizinhanças do Palácio do Catete. Pelos motivos já expostos acima, bem como o fato de ser fácil se locomover na cidade a partir dali por metrô (são pelo menos três estações próximas: do Catete, da Glória e do Largo do Machado). Os jardins do Palácio que virou Museu da República, com café, cinema e parquinho são um convite ao relaxamento e encantamento. Uma delícia de lugar. Muito prazer em conhecê-lo.
Nos jardins, obras de arte... 

Arquitetura e paisagismo inspiradores que ajudam a fotografar melhor... 
Para quem mora por ali, passar as tardes na roda de velhos amigos ou fazê-los ali ao som de um violão é um convite irrecusável... 
 

Aos pés do Cristo Redentor, um das maravilhas modernas do mundo (e é brasileiro!)

Dica: estando no Flamengo é fácil chegar ao Cristo. Para o Cosme Velho não tem metrô. Mas, basta caminhar até o Largo do Machado e procurar o ponto dos ônibus 422 ou 497 que nos leva ao bairro do Cosme Velho, passando por Laranjeiras.  
Making off: para tirar a foto alinhada ao foco principal, o Cristo, é preciso pagar mico (e tem gente que paga até promessa!). Vida de fotógrafo é dura... 
Mas cada clique vale muito a pena! 
 
 
 Abaixo, a foto que foi feita do trenzinho que leva turistas ao Corcovado. Detalhe que dentro dos vagões parece que a gente está fora do território nacional: são turistas de várias partes do mundo conversando em alto e bom som em espanhol, italiano, alemão, algo parecido com turco ou hebraico, inglês...

Praia de Ipanema

Sábado, véspera de desfile das campeãs no Sambódromo do Rio, e ainda tinha carnaval de rua na cidade maravilhosa. Esta banda aí arrastou foliões pela orla de Ipanema sob um sol escaldante.
Praia lotada. As barracas que alugam guarda-sol e cadeira faturando alto. R$ 8, o guarda-sol, R$ 6, a cadeira. Areia queimando o pé mesmo com chinelo. Temperatura da água sob medida para refrescar esse calor todo... 
Lado B: cultura do lixo. Consumo e descarte na areia da praia.